Abertura de MEIs no primeiro semestre é 38% maior que em mesmo período de 2015

Em comemoração ao Dia do Empreendedor, celebradono dia 5 de outubro, a Serasa fez um estudo especial para mostrar a evolução do nascimento de Microempreendedores Individuais (MEIs) desde 2015. Os resultados mostraram que essa atividade no País cresceu significativamente: 38% considerando o primeiro semestre de 2018 em comparação com o mesmo período de 2015.

Segundo o levantamento, 1.033.017 milhão de MEIs surgiram de janeiro a junho deste ano. No mesmo período de 2015, sugiram 748.371 microempreendedores individuais. Na comparação com o primeiro semestre de 2017 (902.290), o registro de MEIs na primeira metade deste ano subiu 14,5%.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o claro avanço na formalização de MEIs ao longo do primeiro semestre entre 2015 e 2018 reflete a necessidade do brasileiro na geração de novas fontes de renda e comportamento ativo no mercado como formas de driblar a crise político-econômica, que perdurou nos últimos três anos no País, trazendo desemprego recorde, alta na inflação e perda de confiança.

“Diante deste cenário, os resultados mostram que o fenômeno do ‘empreendedorismo por necessidade’ tem ganhado cada vez mais relevância, por isso é importante que o MEI busque alternativas e capacitação para que o pequeno negócio alcance o crescimento sustentável”, diz o vice-presidente de Micro, Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Victor Loyola.

No acumulado dos seis primeiros meses de 2018, os serviços de higiene e embelezamento pessoal (8,9%) lideraram o ranking de formalização de microempreendedores individuais por ramo de atividade. Em segundo lugar, aparecem os serviços de alimentação, com 8,2%.

Na sequência da lista apareceram reparos e manutenções de prédios e instalações elétricas (8,1%) e comércio de confecções em geral (7,0%). Confira abaixo o Top 10 dos ramos de atividades que ficaram em destaque entre os MEIs nascidos no País na primeira metade deste ano:

Já no primeiro semestre de 2015, o ramo de atividade líder era de reparo e manutenção de prédios e instalações elétricas (9,9%). Em segundo lugar, aparecem os serviços de higiene e embelezamento pessoal, com 9,7%.

No levantamento por regiões, apesar de o Sudeste ter mais da metade de participação no primeiro semestre de 2018 (53,0%), o Sul liderou o crescimento (18,3%) de novos MEIs na comparação com o mesmo período de 2017. O Sudeste aparece em segundo lugar, com alta de 16%, assim como o Nordeste, que subiu 12,5%. O Norte foi a única região a demonstrar decréscimo (-1,1%).

Distrito Federal (23,0%), Paraná (19,8%) e São Paulo (18,7%) apresentaram, no primeiro semestre de 2018, as maiores altas na formalização de microempreendedores individuais, frente ao mesmo período de 2017. No outro extremo, registraram quedas os estados de Amapá (-13,2%), Pará (-4,1%), Tocantins (-2,6%) e Mato Gosso (-0,5%).

O Sebrae vem monitorando o comportamento do mercado ao longo dos anos e já identificou que o cenário de crise econômica que o País tem atravessado estimula a abertura de empresas principalmente nas atividades de manutenção e reparação de bens duráveis. Além disso, mesmo em um contexto recessivo, abrir um pequeno negócio para o atendimento de necessidades básicas da população, como vestuário e alimentos, continua sendo uma alternativa promissora.

“Notamos um aumento na preocupação com a aquisição de produtos de melhor qualidade e de serviços associados às mudanças de longo prazo da sociedade, em especial, nas áreas de saúde – devido ao público consumidor que está envelhecendo, bem como de educação e informática. Também notamos o expressivo crescimento das chamadas startups, que estão oferecendo soluções inovadoras para demandas do consumidor”, comenta o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

 

Fonte: Jornal do Comércio